Empreendedora cria aplicativo de moda que orienta sobre o que vestir

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Uma pesquisa encomendada pela grife Marks & Spencer detectou que as mulheres gastam, em média, 17 minutos por dia para escolher o que vestir. Se considerarmos o período entre 18 e 60 anos de idade, o resultado seria 6 meses de suas vidas para decidir que roupa usar antes de sair de casa. A situação incomoda tanto que 15% das entrevistadas registraram alterações de humor por causa disso.

Há anos esta questão chama a atenção da farmacêutica graduada pela USP, Patrícia Kawashima. Apaixonada por moda, ela resolveu fazer cursos de Consultoria e Estilo e de Fashion Blogging pelo Centro Universitário Belas Artes e, após participar de congressos sobre empreendedorismo no Vale do Silício (Califórnia, Estados Unidos) em 2014 e 2016, Patrícia, que já havia recebido dois prêmios por causa de uma rede social para pesquisa clínica, resolveu criar um aplicativo colaborativo de moda.

Independentemente do fato da pessoa se preocupar, ou não, com moda, cada um passa uma mensagem, intencionalmente ou inconscientemente, através de suas escolhas de figurino. “A ideia do Your Best Look é auxiliar na escolha do look de maneira que o visual reflita uma mensagem positiva sobre a pessoa e sua decisão de moda. Através dos feedbacks que recebe dos usuários sobre seu figurino, a pessoa pode avaliar como o seu visual está impactando nas outras pessoas e adquire conhecimento de moda”, explica Patrícia.

O conceito é simples, a pessoa posta uma foto no app com o look que gostaria que fosse avaliado e recebe a opinião dos usuários. Ao visualizar a foto, o usuário sinaliza se o figurino está certo ou errado e qual peça fez sucesso ou prejudicou a produção. E para tornar mais efetiva a avaliação o usuário pode utilizar hashtags identificando a ocasião, como por exemplo: #LookTrabalho, #Almoçocomasogra, #LookBalada, etc.

Quem sairia às ruas perguntando aos outros o que acham do seu visual? E nem sempre quem está por perto diz a verdade sobre o que acha do figurino de uma pessoa conhecida. Sendo assim, o aplicativo é uma alternativa para colher opiniões isentas sobre o figurino. Como o perfil dos usuários do app é bem eclético, incluindo até profissionais de moda, o feedback se torna imparcial e muito mais rico, pois trará diferentes referências. “Esta troca de opiniões entre pessoas comuns é uma forma democrática de vivenciar a moda no dia a dia e contribui para o aprimoramento do estilo de cada um” ressalta Kawashima.

O app pode facilitar a escolha em diversas ocasiões, como por exemplo, quando estiver em uma loja para comprar roupas novas ou quando estiver confusa se deve se desfazer de uma roupa que está guardada há muito tempo no armário.

Não é necessário se preocupar com privacidade, pois é possível ocultar o rosto para não ser identificado e postar a foto somente do pescoço para baixo. Além disso, apenas o usuário avaliado terá acesso ao resultado com as considerações. Mas, para quem não se preocupa com o anonimato pode até compartilhar os resultados nas redes sociais.

Os usuários do YBLook também têm acesso a uma série de informações exclusivas sobre as tendências de moda no próprio aplicativo e na página do Facebook.

O aplicativo também é uma ótima oportunidade de investimento, as marcas podem fazer anúncios segmentados, pois contam com relatórios de preferência dos usuários. “A plataforma é praticamente uma vitrine viva o que torna o espaço propício para os anunciantes”, esclarece a empreendedora de moda.

Além de uma paixão, Patrícia Kawashima viu na moda um potencial de negócios, o Brasil saltou da sétima para a quinta posição no ranking dos maiores consumidores mundiais de roupas. Mesmo que involuntariamente, as pessoas fazem parte deste mercado. Por isso, a empreendedora destaca a importância de trazer um aplicativo colaborativo para o segmento. ”A proposta do YBLook não é ditar padrões de moda, é ajudar a encontrar caminhos para que as pessoas fiquem bem com o seu próprio estilo”, comenta.

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